Olá, leitora, olá leitor. Tudo bem?
Sim, a bela Arminda, aquela que me ensinou muita coisa, mas que me fez chorar, quase enlouquecer, aquela que me tirou o sono e também me fez sorrir muitas vezes, está, agora, mais materializada do que nunca. E vem por meio de um primoroso trabalho da Editora Patuá!
Chegará na semana que vem, dia 21 de junho, no Pacaembu, em São Paulo. numa tarde provavelmente não tão fria quanto a que estamos vivendo nesses dias. Nosso encontro será na deliciosa Feira do Livro da 451, que sinceramente acredito que já esteja entre um dos mais importantes eventos literários do país.
Já escrevi muito na vida! Sou jornalista há mais de 40 anos, então imagina a quantidade de textos que já produzi, além de livros aos quais, como escritora, tive a sorte de vê-los publicados. Me orgulho dos quinze livros infantis ao longo de menos de dez anos e, ao migrar para a literatura voltada para o público adulto, comecei com contos, aí somei mais dois livros solo e a participação em diversas antologias nos últimos dois anos de trabalho. Sempre tudo com muita leveza e prazer.
Mas o Arminda... Ah, o Arminda. O que começou como um conto, virou um romance, escrito em meio às dores que a COVID impôs ao mundo. E ele me levou para lugares muito diferentes de minha vivência, embora tão perto de tudo o que eu já vi e ouvi. Houve momentos de grande prazer nesse ato solitário da escrita. Também mexi com sentimentos dentro de mim que eu nunca quis cavucar (adoro esse termo que minha avó Santinha repetia sempre - ela cavucava terra para colocar sementes e mudas).
Pois para o Arminda eu cavuquei coisas da alma. Minha e do mundo.
Fiquei feliz as palavras que brotaram de mim, sem freio. E eu, justo eu, que sempre trago para essa newsletter obras das escritoras que leio, te convido a ler comigo este meu livro.
Gosto especialmente de alguns trechos, como este:
Sem saber como lidar com a invasora de sua alma, Arminda passava seus dias e noites, somando o tempo ao tempo, trabalhando e vendo seus filhos crescerem. Mas evitava se olhar no espelho, não gostava do que via – não eram as olheiras sempre profundas, a magreza que vincava suas bochechas, nem as rugas que começavam a marcar seu rosto ou os cabelos, agora ralos, presos com o mesmo elástico preto de sempre. Algo intangível, que pensava acessar pelo olhar. Sua culpa era um mar de águas paradas que não tinha como escoar...
Deste também
Arminda envelhecia com calma. Se antes enfrentava com agonia as dores que tanto a maltratavam na beira do tanque, já conseguia aceitar a necessidade do repouso que seu corpo exigia, uma certa frouxidão, antes inconcebível... e os dias de folga eram sempre dedicados a plantar, colher, cultivar, observar, entender o silêncio e as mensagens da natureza, com gestos serenos e atentos.
Para encerrar
Para encerrar esta News tão diferente de todas as que já publiquei aqui, te convido a estar comigo para recebermos a história dessa mulher porreta, engraçada, corajosa, perrengada, intensa e que tanto me fez bem.
O primeiro lançamento, como eu disse, será na Feira da 451, no próximo dia 21, a partir das 17h, na Praça Charler Miller, no Pacaembu, em São Paulo. Eu estarei lá, para um forte abraço e para dividir essa minha emoção com amigos. Depois, virão outros eventos, como na Livraria Patuscada, na FLIP, e em bibliotecas da cidade. Por hora, quero dividir a fria tarde paulistana no sábado que vem.
E se você não mora ou não estiver em São Paulo, há um jeito de adquirir o Arminda, porque ele já está em pré-venda, no site da Editora Patuá (www.editorapatua.com.br). Você o receberá em casa, autografado.
E se quiser mais informações, me siga nas redes sociais. onde pode conhecer mais do meu trabalho. É só clicar aqui:
linktr.ee/escritoravanessameriqui
Até mais.