Olá, leitora. Olá, leitor. Tudo bem com vocês?
Por aqui sentimentos dolorosos. E quando coisas assim crescem e machucam nossa alma, o melhor é escrever. Para mim, palavras são como bálsamos se colocadas no papel. De qualquer forma, peço desculpas pela minha dor, porque a intenção também é fazer uma homenagem.
Pois é, o homem que pintava e bordava se foi. Ele produzia lindas telas, fazia lindos bordados, escrevia, contava histórias, atuava e, sobretudo, ensinava. Nos ensinava muito sobre Literatura, sobre artes visuais, sobre como contar nossas histórias, sobre poesia e o mundo. Celso Cisto se foi. E o mundo das artes e da cultura ficou mais triste neste país, já tão empobrecido de coisas nobres.
Escritor, ilustrador, ator, arte-educador, crítico literário, professor universitário, mestre em Literatura Brasileira e doutor em Teoria da Literatura, publicou mais de 80 livros, dos quais pensei ter bastante. Mas hoje sei que gostaria de ter muito mais livros dele aqui em casa, com os seus autógrafos sempre diferentes, parecendo outra de suas obras de arte na folha de rosto de cada exemplar. Quem os tem, sabe do que estou falando.
Eu o conheci pessoalmente em 2012 ou 2013. Antes do sorriso, abraço e aperto de mão, que aconteceu em Porto Alegre, eu já tinha lido o livro de autoria dele, “Sobre textos e pretextos”, publicado pela Aletria, sobre a arte de contar histórias. Aí, em 2014, ele me convidou para dar uma palestra e uma oficina no Congresso Pedagógico que ele organizava no âmbito da Semana Literária que acontece anualmente em Porto Alegre, uma das melhores do País. Foi aí que ganhei seu belo sorriso e uma grande amizade.
Tiramos esta foto nesse Congresso em Porto Alegre. De lá para cá, sempre que possível, conversávamos. Ele foi meu mestre na pós, brilhante curador e mentor em um grupo de leitura e um grande amigo. Adepto que era de que o contador de histórias deve ser figura discreta, ria de mim porque eu usava roupas coloridas. “lá vem essa paulista cheia de flor no cabelo pra contar história”, dizia com seu forte sotaque carioca.
Generoso que era, dava atenção a todos que estavam à sua volta. Há poucos dias, me mandou a seguinte mensagem:
"Oi, acabei de ler seu conto ANEL DE AMETISTA! Florismar me mandou e eu adorei! Parabéns! Muito bom, Vanessa! Adorei a intercalação da narrativa, a linguagem, a personagem Vivi e o desfecho! Muito bom! Sua escrita é de muita qualidade! Eu já sabia! Fiquei feliz!"
Eu também fiquei imensamente feliz com esse recado de Celso Sisto, jamais esquecerei e sinto-me privilegiada por recebê-lo. Mas hoje não pude conter meu choro, minha dor de perder um mestre e amigo. Vá em paz, meu querido. Leve seu talento e magia para outras galáxias. Sentiremos muitas saudades.
Para encerrar
A vida continua e o jeito é chacoalhar a cabeça e tocar a bola pra frente. Esta semana começa a FLIP. Depois da Feira do Pacaembu, da Bienal de SP, chegou a vez da Festa Literária Internacional de Paraty! E eu estou indo para lá, para novos encontros, descobertas e reencontros.
No evento, terei o Marias, com a Editora Oito e Meio; Que barulho é esse, Mitaí?, pela Elo Editora; e Contos para Saborear, pela Patuá. Me diga se não é uma alegria estar lá!
Com a Patuá, terei a alegria de uma sessão de autógrafos, junto com vários escritores, na Casa Gueto.
E, na Casa Caravana, também estarei bem acompanhada das escritoras Karine Asth, vencedora do Prêmio Jabuti 2023, com o lindo romance Dentro do nosso silêncio, com Ana Marice, que estará lançando seu livro Odara na FLIP; Anne Valerry , que me encanta com seus romances de época; e Liz Negrão, escritora e professora, autora de Textos engavetados. Estaremos juntas para uma roda de conversa com o tema “O protagonismo feminino na literatura contemporânea”. Nada mais oportuno, já que todas nós temos um trabalho imenso na construção de mais espaços para que a mulher seja lida e ouvida.
Então, fica o convite. Se você estiver na FLIP, vamos combinar de nos ver. Encontros são sempre bem-vindos e eu vou amar.
E você pode me encontrar pelas redes sociais. É só clicar no link abaixo:
linktr.ee/escritoravanessameriqui
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Fico na torcida para você estar sempre aqui comigo.
Até a próxima.